
“Dilema” (EUA, 2019), série original da Netflix, conta a história de uma empreendedora que consegue, por meios nada usuais, um financiamento milionário para sua start-up. O futuro parece promissor, exceto pela presença da investidora-anjo, que tem seus próprios planos para a empresa.
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É um thriller no mundos dos negócios, que pela relação mentor/vilão – discípulo, me lembrou o filme Wall Street (1987) e a série Damage.
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Acho que a série ficaria melhor sem as sub-tramas, que a meu ver contam duas outras histórias: a vida de um grupo de amigos após o colégio; e uma situação de assédio sexual, sendo que esta não parece ter relação com as outras. Às vezes me senti como se visse duas séries superpostas.

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Outro problema, talvez despercebido do público, são os diálogos. Eles são prolixos e muitas vezes dizem o que as imagens mostram. Parece ter faltado polimento ao roteiro, talvez por pressão de prazo, dado o modelo de produção massivo que caracteriza as plataformas de streaming.
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De todo modo, a premissa da série e seus desdobramentos (nenhum dos quais me pareceu forçado) desperta o interesse de vê-la até o fim.